terça-feira, 18 de outubro de 2011

Aladdin e o Deserto



Desertos não existiram sempre na superfície da terra. Pelo menos a maior parte deles foi formulada como conseqüência da ação do homem. Na época em que o império romano dominava o mundo ocidental, a cerca de dois mil anos, o Saara era coberto de vegetação semelhante à das savanas e campos cerrados de hoje. Rebanhos de ovelhas pastavam no meio dos arbustos e ervas que aí vicejavam em abundancia.

Os próprios carneiros foram, em parte, responsáveis pela transformação, pela sua forma típica de pastar arrancando a vegetação ao invés de cortá-la, mas a principal responsabilidade de desertificação cabe diretamente ao homem, por causa do hábito que tem, ainda hoje, de queimar a vegetação a fim de cultivar ou fazer outras utilizações do solo. A medida em que o homem foi queimando as matas ou utilizando os prados como pastagem, o solo, sem sua cobertura vegetal, começou a sofrer os danos causados pela erosão. As chuvas arrastam para o fundo dos vales o manto de terra fértil superficial e o deserto progride. Com essa rápida transformação das matas em desertos, os animais fogem da região ou adaptam-se às novas condições.

Plantas que, como os cactos e outras de aspecto semelhante, armazenam grande quantidade de água e animais que, como o camaleão, não consomem muita água (por suportarem grandes variações de temperatura interna) bastando-lhes a que encontram nas próprias plantas que comem. Todos esses seres adaptados às condições áridas do deserto, formam uma comunidade equilibrada e completa em si mesma. Um ecossistema único e característico.

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